VIVA

É um blog de conteúdo irônico-sarcástico-azedinho, porém, não menos engraçado.

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Eu agradeço as visitas diárias de algumas pessoas que passam por aqui para ver se há alguma postagem nova e pelos leitores que procuram por Cecília Meireles e esbarram com o nosso querido blog. Uma vez que minha vida tem sido uma imensa correria, a da Ju um oceano "desértico" de idéias pros posts e da Sam que às vezes se inspira, o blog ficou um pouco abandonado. Mas perdão!!! Agora já estou de férias e vou controlar esse espaço aqui.

É que às vezes é difícil olhar pra essa tela em branco e escrever algo que seja legal e que seja exatamente o que eu penso. Isso tá ocorrendo com a Ju. Ela está bem, já recebeu alta do hospital (o pulmão esquerdo dela não queria 'funfar' direito devido à síndrome do ATRA - em outro post explicarei isso), mas não consegue escrever. Então eu diria que este post é Juliana by Pri.

O processo de quimioterapia é muito sofrível. Quando eu vi que a quimioterapia era tipo uns megas antibióticos, enzimas e afins foi que pensei que era algo muito simples, mas complexo também. E é esse líquido que entra nas veias pra nos salvar de uma medula maluca. Medula louca, insana e inconseqüente! Nos transforma em outras pessoas sem que queiramos.

Quando digo que nos transformamos em outras pessoas é verdade. Não sei que tipo de alucinógeno (hehehe antes fosse) que tem nos quimioterápicos, mas parece que você não é você. Deixe-me explicar: imagine-se controlando um SIM - do jogo The Sims - e você está todo pimpão (pimpona) controlando ele. Ele caga quando você quer, limpa a casa quando você quer e por aí vai. Quando se coloca em modo automático, ele faz o que dá na telha dele, certo? Com a quimio é quase isso. Você, seu eu normal, tá lá vendo tudo, mas a sua boca, suas ações, seus pensamentos são outros. Vejamos um exemplo medonho criado agora da minha cabeça:

LEGENDA - Mãe - verde / Eu normal - vermelho (voz interna) / Eu insano de QT - roxo (voz ativa)

CENA I
"- Filhinha, seus pés estão inchados, por que você não os coloca para cima?
- Vou botar porra nenhuma pra cima, pára de me encher o saco, quero dormir!
- Putz, por que eu falei desse jeito com a minha mãe? Que diabos eu tô fazendo?"

CENA II
"- Priscila, vou em casa dar comida pros cachorros e mais tarde eu volto tá?
- Nãããããããoooooooo!!!! Fica aqui comigo! Eu não posso ficar sozinha!! SOCORRO!!
- Caraca, olha a paranóia! Ela é a sua mãe, nunca que ela te abandonaria!"

CENA III
"- (Fulano qualquer) Você aceita Jesus?
- Sim...
- Putz... Papo de salvação pra cima de mim só porque estou doente é dose hein."

Cenas comentadas:
CENA I - É a possessão pelo mau humor mega-hiper-super-ultra-crônico. Você maltrata as pessoas, se dá conta disso mas é muito tarde para voltar atrás. (Sim, sempre pode-se pedir desculpas, mas uma vez a palavra proferida ela não tem volta...)
CENA II - Carência extreme-supreme-bestial-boboca-mor. Uma vez, quando eu estava em depressão (síndrome derivada do uso excessivo de corticóides), minha mãe tinha ido em casa para alimentar os dogs. Beleza, mas eu tava MUITO PARANÓICA, achei que ela tinha me abandonado e me bateu um desespero. E aí que eu não levantava muito da cama e decidi levantar pra procurar por ela. Resultado: Priscila magrela e careca perambulando pelos corredores do hospital até parar no térreo com um monte de visitante me olhando. As moças da recepção: "Aonde você vai?" e eu: "Tô procurando a minha mãe". No mesmo instante me puseram no elevador e me botaram de novo na enfermaria. Eu fiquei com vergonha e no fundo sabia que eu não estava no meu estado normal. Meu eu normal tava ali, num cantinho do consciente enquanto via o outro eu alterado fazendo suas peripécias...
CENA III - Aos leitores que são evangélicos cristãos etc, não tomem isso como ofensa, longe de mim ofender a religião alheia. Mas se houve algo que eu vi de fato foi o efeito absurdo do corticóide. Por causa dos corticóides que eu fiquei em depressão, quase enlouqueci e ainda virei crente!!! E não foi só eu. O ex-noivo da Sam também virou evangélico. A própria Ju também... Desconfio que nas igrejas evangélicas as águas dos bebedouros tenham corticóides... (Piada sem graça!) Eu hoje recuperei minha sanidade - mais ou menos - e não sou mais evangélica.

Pois é, e nesse papo de que eu não sou eu, mas eu sou outro eu e meu eu mesmo tá em algum lugar, é que muita gente acha que a pessoa com câncer, de um modo geral, se tornou irritadiça, de mal com a vida... A verdade é que há pessoas e pessoas; portanto não estranhem se alguém que você conhece e que passou a se tratar com quimioterápicos mudou da água para o vinho. Como bióloga por acidente, devo dizer que as alterações hormonais, sinápticas e outras fazem muita diferença sim no comportamento do doente. O melhor para quem está de fora do ciclo da QT é ser paciente. Sim, a paciência é a palavra chave para um momento árduo como esse. Não estranhe se a Ju começou escrevendo um moooonte de posts e hoje não têm escrito muitas coisas. Quando eu tava em tratamento eu ficava muito triste por não conseguir sentir direito a ponta dos dedos, e conseqüentemente, não conseguia desenhar. Eu chorava e meu pai idem (meu pai sempre foi um chorão mesmo!).

O que importa disso tudo é que vai passar. A alegria, a tristeza... Tudo isso passa, e cabe a nós respeitarmos esse ciclo nosso e o dos outros também. =)
____________________________________________

Uhu, temos 2 meses de blog! E estamos procurando por parcerias e trocas de link. Interessados comentem ou mandem e-mail para pramosbio@gmail.com
E quero também desenvolver uma campanha para doação de sangue e medula, interessados(as) enviem e-mail para o mesmo dito acima.
Bom final de semana e dia 14 é meu aniversário! Viva eu :P

COMENTEM!!! FAÇAM A JU FELIZ! =P

O Hemorio é um hemocentro de excelente qualidade e foi lá que iniciei o meu tratamento pra LLA. Quando eu fui lá há um mês atrás, uma conhecida minha havia reclamado de que as roupas de cama dos pacientes estavam em péssimo estado e que os enfermeiros estavam agindo de forma completamente antiética. Como eu SEMPRE defendi o Hemorio e defendo, resolvi mandar um e-mail para a Secretaria de Saúde do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Segue abaixo (sim, eu estava muito revoltada):

“Meu nome é Priscila de Souza Ramos, moradora da Pavuna, tenho 22 anos e sou paciente do HEMORIO há quatro anos e 7 meses e gostaria de fazer uma crítica aos “cuidados” que vem sendo dispensados ao HEMORIO.
É vergonhoso saber que um centro de referência para tratamento de doenças Hematológicas tenha se tornado um pequeno caos. É vergonhosa a atuação do Sr. Governador Cabral em relação à saúde, se preocupando tanto com as UPA’s, que nada mais passam de um “cala a boca” pro povo e como motivo pra arrecadar votos pro Eduardo Paes. No Hemorio, falta o medicamento GLIVEC, tão importante e usado no tratamento de pessoas que tem Leucemia. Pergunto-me se alguém que trabalha nesse setor da saúde já teve Leucemia e se sabe o que é depender do governo público para se tratar. Não, eu acho que vocês não sabem disso. Acho que também não sabem o quanto que o tratamento é sofrível e que quantos pacientes agora tem sofrido com a falta de roupas de cama decentes (há várias com furos), alimentação crua e fria, e como se não bastasse, enfermeiros discutindo em frente aos pacientes – que além de debilitados, tem de suportar um ambiente de desarmonia como este.
Eu me pergunto aonde é que o Sr. Governador anda com a cabeça. No governo da Rosinha, NUNCA FALTOU GLIVEC NO HEMORIO, e quando faltavam outros medicamentos, logo eram supridos. As roupas de cama eram limpas e sem furos, os enfermeiros nos respeitavam. Que governo é esse que sabota a saúde da população?
Porque não aumentam os salários dos médicos ao invés de tomarem medidas paliativas que são as UPA’s que pra nada servem? Reformem os postos de saúde, o que quer que seja! Dêem atenção aos grandes hospitais também, porque se hoje estou viva, foi graças ao tratamento que recebi no Hemorio.
Quero que tomem medidas REAIS com o Hemorio, e se nada fizerem...
... Prefiro nem dizer.
Att.
Uma paciente revoltada com o Governo.“

Demorou por volta de 2 a 3 semanas para ter meu e-mail respondido, e depois dessa cópia enviada eu enviei novamente. Recebi um e-mail de "status" da minha mensagem, dizendo que havia sido entregue à Ouvidoria do hospital. Uma semana depois eis a resposta:

Prezada Priscila,

Concluímos que apesar de não apresentar indicação para o uso do medicamento Glivec, você observou uma dificuldade na dispensação do medicamento aos nossos pacientes. Dificuldade essa que foi real, devido ao novo processo de gerenciamento de estoques de medicamentos implantado pela Secretaria Estadual de Saúde em todas as suas Unidades próprias. Houve um período de transição que infelizmente ocasionou desabastecimento de alguns medicamentos. Estamos trabalhando para normalizar os estoques o mais breve possível.
Podemos afirmar que os esforços se somam e que há, por parte da SESDEC todo o empenho na regularização dessa situação. Aguardamos para muito breve um contrato de entrega programada do medicamento ao HEMORIO, que garantirá o abastecimento integral, por largo período para todos os pacientes.

O HEMORIO em parceria com a SESDEC está atento ao bem estar e conforto de seus pacientes e por essa razão foram adquiridas camas novas, modernas, mais amplas com colchões mais adequados e confortáveis, as quais substituíram as que se encontravam danificadas. Desta forma, conseqüentemente o enxoval será substituído, promovendo assim um atendimento humanizado aos clientes de nossa Instituição.
Quanto à conduta dos funcionários, lamentamos o ocorrido, destacamos que os aspectos comportamentais e éticos são abordados em treinamento iniciais e específicos. A supervisão de enfermagem, sempre que presencia qualquer comportamento inadequado, interfere e orienta os funcionários. Contamos ainda com a valiosa ajuda dos pacientes e acompanhantes, como você, para que nos auxiliem a detectar problemas como o relatado, para que através da Ouvidoria e/ou comunicação direta com os enfermeiros responsável pelo Setor, possamos tomar as ações necessárias, para tanto se faz necessário à identificação dos funcionários.
Estamos à sua disposição, para conversamos e tomar as ações cabíveis, a fim de que esta imagem negativa da nossa instituição seja revertida.

Atenciosamente,
Vania Reis
Ouvidoria - HEMORIO
Tel/Fax: 2232-9553
Disque-Sangue: 0800 282 0708
www.hemorio.rj.gov.br
Doar sangue: um ato de amor!

Pois bem, não trabalho lá mas isso já foi um sonho meu (hehehe). Pela resposta que recebi, pude notar que houve sim um problema real e não falta de assistência para com os pacientes. Tudo bem que no governo da -eca- Rosinha isso nunca aconteceu, mas como me explicaram lá, estavam migrando um sistema... O que importa é que em breve os pacientes receberão o Glivec. Sei que tempo é "vida", mas o hospital já está resolvendo isso. Sempre admirei o Hemorio por ser um hospital de excelência (já disse que foi lá que me tratei? =P) e os profissionais que lá trabalham por realmente GOSTAREM do que fazem.
Espero que essa situação seja sanada o mais rápido possível, para que nenhuma das partes fiquem prejudicadas.

E vamos doar sangue galera!!! Beijos.

Bom, queria postar alguma coisa, mas não fazia idéia de como começar meu texto.
Tem décadas que não posto e definitivamente isso não está certo. Mas nem tudo na vida é simples, escrever não é simples, viver não é simples, lutar não é simples...
Venho tentando aos trancos e barrancos, tenho encontrado muitas adversidades e isso tem causado um bloqueio. Acabou a tinta da fita da minha maquininha de escrever.

As coisas não estão lá muito fáceis pra mim. Tento pensar no quanto sou privilegiada por ter apoio, não estar penando em hospitais públicos, mas sempre tem alguma outra coisa que incomoda.
No meu caso, a pessoa mais importante da minha vida está simplesmente cagando e andando pra mim.
Acredito que ela deva ter seus motivos e que eles são muito importantes, mais importantes do que eu, prefiro acreditar nisso. Mas isso me faz sofrer, dói e fico desanimada. Não acho nada demais me dar um defeito vez ou outra e querer jogar tudo pro alto. Sou humana, não sou a mulher maravilha - até queria porque ela é linda, mas infelizmente não sou, terei que me contentar com minha beleza mediana.

Eu nem sei por que estou escrevendo isso, talvez pelo fato de não falar muito do assunto com ninguém. Fico imaginando o que se passa na cabeça das pessoas que estão a minha volta. Eu entendo que queiram me poupar, mas não tenho cinco anos de idade (apesar de parecer em algumas ocasiões), vejo tudo o que se passa, vejo a tensão, a preocupação. Em outro post pedi para pararem de tentar me poupar, acho que não adiantou muito. Vou passar a berrar, gritar bem alto, talvez resolva.

Então, não quero que pensem que não quero lutar... Muito fácil julgar e dizer “Porra Juliana eu lutei, por que não faz o mesmo?”.
Mas graças a Jah as pessoas são diferentes, as experiências são diferentes, as famílias são diferentes.
Eu tento, mas chega uma hora que a gente pensa, pesa e se pergunta se vale mesmo à pena. Não é fraqueza, é cansaço mesmo, eu preciso de mais do que estou tendo e o que preciso nenhum amigo, namorado, médico ou enfermeira pode me dar.

Queria eu que tudo fosse mais simples, que lutar fosse mais fácil e ter o que eu quero e preciso. Mas não podemos ter tudo... Tento com o muito que tenho, mas que é pouco se é que me entendem.
Não to querendo me justificar, é só um desabafo mesmo... Enfim... Vida que segue.

Houve momentos em que tudo parecia impossível. É, desde o começo as coisas parecem meio cinzentas, cabulosas como diriam os paulistas. E foi a partir daí que comecei um auto-incentivo. Claro que também recebi incentivo de familiares e amigos, no final, todos se transformaram em uma grande família. Mas de nada adianta ter o apoio até do próprio Papa se você não possui algo tão simples dentro de você: a força de vontade.

A força de vontade está ligada intrisicamente com a esperança. Essas e outras virtudes são como o sol que bombardeiam as trevas com a sua luz.

Hoje, às 22:04, estou digitando esse texto sobre minha luta. Mas a idéia eu tive na quinta-feira.

Sou extremamente grata pela quimioterapia que recebi, pela convulsão que eu tive - a única em toda a minha vida!-, pelos remédios gratuitos, pelo carinho que minha mãe teve que forçosamente demonstrar (quando estava em depressão ela comprou uns 2 cartões para dizer o quanto me ama e ela não é de demonstrar afeto algum), pelos novos amigos, pelos velhos amigos, pela faculdade, pelo passe especial (hahaha)... Por tudo.

Graças a um grande acontecimento como esse que pude sair do macro e voltar ao micro. Pude ver que um não existe sem o outro e que o ideal é sempre o equilíbrio. Amanhã terei a última prova do Vestibular da UFRJ, 2009, e estou aqui divagando sobre a vida...

Além dos agradecimentos citados e motivos subentendidos, eu decidi lutar por que a imagem que veio à cabeça de meus pais chorando por minha morte foi algo doloroso e triste. É algo que não argumento contra a natureza; tudo bem que há alguns filhotes que morrem e etc, mas com os humanos é estimado que os pais morram primeiro que os filhos. E fora que eles não mereciam isso, já sofreram e ainda sofrem demais nessa vida. Decidi lutar também porque gosto de respirar: ar puro, impuro, sentir o cheiro de incenso, de um bom perfume, do caminhão de lixo, de tudo! É algo contrastante quando eu me lembro de pessoas que estavam presas a tubos por não conseguirem respirar.
Escolhi lutar também por que eu gosto de música. Eu não poderia morrer sem antes ver o Opeth se apresentando!!! HA! (Nota: eles tocarão no Brasil dia 4 de abril de 2009, em Sampa!!!!!!!111!!!one!!) Mikael é Deus!
Escolhi lutar também porque, como boa sagitariana, adoro desafios. Não tive uma experiência quase morte como a Ju teve, mas digamos que a minha foi "semi-quase-morte".
Escolhi lutar por diversas razões as quais me fogem à memória agora, mas adoro sentir o frio pelo meu corpo, sentir meu coração batendo e apanhando - ah sim, as dores do amor... Tão úteis! Ouvir os cachorros latirem, cuidar das minhas plantas, reclamar de algo, idealizar novos planos e projetos...

A vida é algo que não deve ser abandonado nunca, se há 1% de chance, é por que HÁ UMA CHANCE!

E este foi um post para aqueles que não têm do que reclamar mas reclamam. Sabemos que não é algo tão simples assim, mas me diga: por quê complicar tudo? =)

Um ótimo fim de semana a todos e boa sorte pra mim no vestibular!!!
(hei de passar, hei de passar, hei de passar, hei de passar, hei de passar, hei de passar, hei de passar, hei de passar, hei de passar, hei de passar, hei de passar...)

Depois de mil anos sem postar eis que surge Juliana! Não que deva ser uma coisa muito empolgante, mas pra mim é. Rsrsrsrsrs
Quebrando o silêncio depois de dias sem postar... Acho que deve ter umas duas semanas, o blog sobrevive graças a Pri. Blogueira, design, estudante de “boiologia”, ex-leucemiCUzinha, vestibulanda e amiga. Ufa, cansei só de escrever todas as atividades dela.

Primeiramente quero agradecer a todo mundo: Sam, Pri, Namonoivo, Mãe, Alê, Tia Aninha, Avô, povo legal da Clínica São Vicente, povo chato da Clínica São Vicente (sem conhecer pessoas ruins, não reconhecemos as boas), mediCUzinho e o pessoal da internet - por terem me ajudado(e me aturado) a passar por esta etapa. Fase 1 concluída e em casa curtindo o fds no meu quarto, na minha cama. Ai que delícia.

Eu só estou escrevendo hoje porque estou de brinquedo novo rsrsrsrs. Namonoivo me deu de presente de Natal adiantadíssimo, tão lindos, o namonoivo e o notebook preto hahahahahaha. Amei, preto é muito normal, é verdade, mas o meu é preto black piano hauhauhauhau.
Tô toda boba, como criança quando ganha brinquedo, ele disse que fiz uma cara muito engraçada quando finalmente consegui rasgar o papel de presente (eram 3 camadas de papel).
Mas tem uma coisa que me deixa encucada, encucada meeesmo. A impressão que me dá é que as pessoas a minha volta ficam querendo me fazer “feliz” o tempo todo, como se tivessem medo de não dar tempo e aí me sinto como se fosse morrer a qualquer momento, ou que sabem coisas que eu não sei.

Isso me incomoda, me incomoda saber também que essas pessoas parecem ter medo de dizer o que pensam. Eu não sei se é coisa da minha cabeça, pode ser que sim. Mas é assim que sinto e vejo as coisas acontecendo.
Não quero ser poupada, não devo ser poupada e não fui poupada de nada até agora, quem faz quimio sou eu, quem sente dor sou eu, quem passa mal sou eu. Se eu passo por tudo isso o resto é pinto. Certo? Então pessoas amadas, não me poupem. :P

É certo que nesse período sem escrever tive muito tempo pra pensar em alguma coisa pra postar, mas não pensei. Dormi e dormi muito, continuo dormindo e dormir é tão bom. Logo podemos concluir que, eu não tenho nada de bom pra dizer, só estas asneiras que estou escrevendo mesmo, mas prometo que vou escrever algo bem legal. Promessa é dívida viu, e eu não gosto de ficar devendo nada a ninguém, por isso, me aguardem.

Talvez seja um post homenagem ou de lamentação. Há algumas semanas atrás encontrei com uma garota no hospital, cuja garota estudava na mesma faculdade que eu graças à ABRAPEC. Ela era muito falante, foi representante da turma de Biologia da tarde e tinha várias histórias pra contar de seu tratamento. Para muitos fora um exemplo de vida. Para mim também o é, mas agora ela se juntou ao que chamo particularmente de "meus fantasmas".

Para cada atitude má, má palavra, mau pensamento, penso às vezes no que um desses fantasmas dariam para não cometer tal ato. Às vezes penso em como desperdiço minha vida e tento sempre fazer algo mais condizente com o que vivi: evitando excessos e etc...

Essa garota faleceu há uma semana. O nome dela era Thaís. E a cada dia o medo, o terror de ser a única sobrevivente cresce. É o que chamo particularmente de "síndrome de ex-combatente". Um dia, fomos todos jovens e inocentes com o mundo, caímos na guerra, lutamos para sobreviver e vimos nossos colegas sendo aniquilados. A história pessoal de cada um se vai com o tempo, e não sei porque cargas d'água meu cérebro faz questão de lembrar UM por UM. Talvez seja para me manter em constante alerta e não relaxar nunca com a possível recaída. Já viram quando colocam peças de dominó em seqüência e depois derruba-se o primeiro para depois apenas um ficar de pé? Imaginem-me como a única peça de pé.

É horrível. Agradeço muito por ainda ter continuado a viver, mas essas coisas são aquelas que me derrubam. Não há como eu não ficar chateada pela derrota de mais um companheiro. É inadmissível que essa merda de leucemia ainda mate tanta gente. E tanta gente boa.

Pode ser paranóia, é paranóia. Mas é uma ferida que não sara, e nunca vai sarar. Por que eu não quero que sare, para que essas pessoas continuem vivas pelo menos em minha memória, no meu cemitério pessoal.

Mas apesar do desabafo e da tristeza, aos que me lêem e passam por essa fase de quimio e etc: não desistam. É uma responsabilidade muito grande ser o número 1, a pessoa que lidera o comboio dos que derrotaram a leucemia. Essa responsabilidade pesa, mas vale muito a pena.


Caramba, quando há textos demais, postamos demais, quando não há texto algum ninguém posta. Hehehehehe, cérebro tinha que ter um botãozinho: "quero fazer um texto muito bom, LIGA", "já chega, minha cabeça dói, DESLIGA!".

Minha semana tá corrida por demais, isso que dá querer correr atrás "do tempo perdido - como se fosse o baú com tesouro de algum pirata" e tentar novas façanhas como o vestibular. E além disso estou em provas na faculdade. Oh céus, meu cérebro em dezembro também só vai jogar e trabalhar um pouco... :D

Essa é uma das vantagens de ser pós-LLA (ficou parecendo até uma especialização - cruzes): você não quer desperdiçar tempo, seu precioso tempo, com coisas banais e que talvez não te tragam prazer algum. Quem já passou por isso não quer nunca mais o mesmo, mas também não fica com medo do que pode acontecer. Depois que passei por esse simpático problema, respeito mais a morte. Mentira, eu quase a venero. É a única verdade - prestem atenção aí PERSEGUIDORES DA CERTEZA: só a morte!
Só me assusta um pouco o fato de não sentir mais nada, da consciência deixar de existir. Eu uma vez conclui que o não existir incomoda muito mais do que o próprio existir. Tudo bem que muitos podem querer rebater minha idéia, mas se parar para pensar no estado de NÃO ser, NÃO respirar, NÃO sentir... É aterrorizante. Pelo menos pra mim é. =P

Post meia boca pk amanhã o dia será longo. Minha mãe me fez o favor de querer controlar minha vida e querer assumir certas responsabilidades por mim e esqueceu que o hemograma era dia 10/11. Fiquei PUTA²³²³²³²³²³ ao extremo²³²³²³, pk NUNCA em 4 anos de tratamento, quase 5 já, eu deixei de fazer um hemograma. É a minha saúde!!! ARGH! Mas compreendo a preocupação dela e proibí de ficar com os papéis das minhas consultas.

=) Uma boa semana a todos nós!
*A foto é a minha pequena crista de galo, ainda baby. Geeeeeeente, é muito linda!!! Só preciso de um vaso maior... :/

Heehehe! Eis o novo layout e talvez definitivo até que me dê um outro surto de criatividade.  Acho que está bem diagramado e não muito pesado.

Queria falar sobre planos. Li um post no blog do Igor e que me lembrou um pouco da minha fase quimioterápica.

Durante o tratamento foi algo meio estranho, porque ao mesmo tempo que parecia que eu ESTAVA lá, eu parecia não estar. Poderia ser um mecanismo de auto-defesa, não sei, mas olhando hoje, parecia que não era eu em algumas circunstâncias. Por muita sorte - ou azar - eu reagi muito mal à L-Asparaginase e tive uma convulsão. Isso foi uma sensação incrível, mas não muito boa. Por causa da aspar, cortaram-na do meu tratamento e assim eu ficava só 5 dias internada no hospital pra fazer a quimio.

Eram 5 dias que perduravam... Não era nada legal ficar num hospital público (o HEMORIO na época estava muito melhor do que hoje), com um monte de gente por perto e pessoas doentes aos cúmulos. Porém creio que isso me foi necessário para amadurecer. Ver o sofrimento alheio nunca é bom, mas é algo que faz você olhar para si mesmo e fomentar as autocríticas. Aposto que muitos prefeririam não ver pessoas sofrendo - fosse com leucemia ou não - e lá não tinha como escapar disso. Às vezes, em algumas noites, pessoas berravam de dor e imploravam por morfina (pacientes falcêmicos principalmente); era incômodo para dormir. Mesmo no meio de tanta dor e sofrimento, eu via pessoas que tinham uma fé absoluta em suas  vitórias; eu as via fazendo planos, elaborando um futuro e mudanças de vida. Confesso que uma boa parte delas faleceu, e hoje se eu ainda falo com 1 ou 2 pacientes do Hemorio é muita coisa.

Como um meio de fuga, eu sempre tive facilidade em criar um uiniverso paralelo e viajar nele. Não é autismo. Quando começava a sessão, eu sempre projetava a mente lá no futuro, mas não muito distante: visualizava-me saindo do hospital o mais rápido possível, quase voando. Ok, posso ter exagerado, mas era basicamente isso. As últimas quimioterapias eu abria o soro todo pra aquele líquido milagroso passar logo pelas minhas veias e eu poder dormir em casa:

" Abria o soro. Minha mãe:

- Priscila! Não faça isso! tem que ser devagar se não vai fazer mal!!! - diminuía o soro.

- Que mané mal o quê, tô cansada de ficar aqui e não tô sentindo nada! - abria o soro.

- Priscila, a enfermeira vai brigar hein!

- Vai nada, quem tá com esse treco na veia sou eu, não ela!

- (velhinha do lado) Hihihi, ela tá doida pra ir pra casa né?

-  (mãe) Tá sim, mas depois se passar mal...

- (eu) Você já me viu alguma vez passando mal? Liga pro meu irmão que já tá acabando a quimio. Só vou ao banheiro despejar a quimio e vamos pra casa, quero minha alta logo!"

Era engraçado. Foram momentos difíceis mas que tem muito valor para mim. Acho que apesar de todo sofrimento, não são todos que têm o privilégio de conhecer esse outro lado da doença. É muito fácil sentir pena, desejar melhoras... Mas ninguém quer saber como é. Quando comecei o tratamento eu fiquei ansiosa pra ficar careca (!!!) e rezava todos os dias pra não vomitar. Fiquei careca e não vomitei. Só vomitei quando comi um biscoito doido aí - hehehe.

E assim o tempo foi passando, pensamento no futuro e as fases do tratamento passando também. Me batia um pequeno desespero ao final de cada "fim de ciclo", pois eu já estava acostumada à uma certa rotina; superei isso. Cabelo crescia, depois caía. Depois da quimio que eu vi como cabelo é que nem grama. Na verdade, nem me preocupei com cabelo, que todos os pêlos do meu corpo caíssem, mas que eu não morresse! Ou até poderia morrer... O que eu tinha em mente era: "Vou vencer essa leucemia, seja vivendo ou morrendo, mas comigo ela não fica!". 

E quando comecei a manutenção foi um alívio, mas também um "que merda vou fazer agora?". Achava que ninguém ia querer se relacionar com uma quase ex-leucêmica, que as pessoas teriam medo ou teriam asco à minha pessoa. Me tranquei um pouco, mas depois fui pegando mais confiança em mim e na vida. Daí começaram os planos verdadeiros. Dos planos que eu realmente anotei, só um deu certo: fazer uma faculdade. Na época eu queria fazer faculdade de Medicina e me especializar em Hematologia (!!) - ainda me dá essa vontade, Hemato é linda mesmo. Mas hoje estou no final do curso de Biologia, com muito sacrifício já que não é mais minha área de interesse, e planejando cursar outra faculdade: Design.

A vida é isso mesmo. Desvios, contornos, quedas, morros, ladeiras, descidas... E é sempre bom ter um ou dois planos: o A e o B. =)


Acho que aqui só faltava um texto sobre o que é LLA. Vamos a ele:

Primeiro, o que é Leucemia? É uma neoplasia (Neoplasia [neo= novo + plasia = tecido] é o termo que designa alterações celulares que acarretam um crescimento exagerado destas células - Wikipedia) maligna dos leucócitos, câncer. Os glóbulos brancos imaturos - que não têm função alguma - "entopem" a medula óssea e sendo assim, a produção de eritrócitos e trombócitos é severamente diminuída.

Agora, o que é LLA? LLA é a abreviação de Leucemia Linfoblástica Aguda, e se bem me lembro, ela é diferente porque os leucócitos específicos tipo B ou T não conseguem se diferenciar a caminho do sistema linfático. Temos grandes centros de produção e defesa: a medula óssea e sistema linfático, respectivamente. Nos nodos linfáticos são produzidos leucócitos para imunidade do organismo - são facilmente indentificáveis ao toque: temos abaixo da mandíbula, nas axilas, no esterno (o timo) e nas virilhas. Quando há um processo inflamatório, no dente por exemplo, a primeira observação a ser feita é o inchaço do nodo linfático abaixo da mandíbula.
A diferenciação entre aguda e crônica é simples: a aguda tem por característica ser rapidamente progressiva e exige tratamento urgente; e a crônica é geralmente mais lenta, tanto é que os portadores por um tempo são assintomáticos.

Quais são os sintomas? São bem variados. Mas como se pode imaginar, a baixa produção de eritrócitos vai gerar anemia, podendo ser de leve a grave. Cansaço, fadiga, muita sonolência e fraqueza decorrentes da anemia. A queda de trombócitos (plaquetas) pode ocasionar sangramentos de grau leve-moderado-grave. E há também o inchaço dos linfonodos (linfonodomegalias), hepatoesplenomegalia (aumento de fígado e baço ou um de cada - esplenomegalia e/ou hepatomegalia), dores ósseas e nas juntas (infiltração dos blastos - linfócitos imaturos) e febre persistente (podendo ser baixa - 37,8º ).

Assim que esses sintomas aparecem, deve-se procurar COM URGÊNCIA UM HOSPITAL! O diagnóstico é realizado com o exame físico (verificação de inchaço do baço e/ou fígado, e linfonodos) e exames laboratoriais: 

Hemograma completo - A maioria dos pacientes com LLA apresentam linfoblastos no sangue periférico (eu não tinha muitos). Há casos de hiperleucitose (aumento dos leucócitos) e o mais comum de leucopenia (baixa de leucócitos).
Punção da medula óssea / Mielograma- Retira-se um pouco da medula para estudos. A punção é realizada comumente no osso ilíaco - osso da bacia- em uma de suas cristas. Também pode ser feita no esterno.
Imunofenotipagem - Para diferenciar se o linfoblasto tem origem células B ou célula T.
Citogenética - Para detectar alterações cromossômicas.
Amostra da medula óssea (grande magnificação) de um paciente com leucemia linfóide aguda

O tratamento consiste em uma associação de quimioterápicos e radioterapia (tanto como para profilaxia ou tratamento de infiltração de linfoblastos no Sistema Nervoso Central). As fases do tratamento são: indução da remissão, fase de consolidação e fase de manutenção. As reações são adversas, a haver queda de cabelo, perda de apetite e de peso, enjôos e dentre outras.

Qualquer dúvida... É só perguntar. =)

*Edit: Esqueci também de dizer que a origem da doença ainda é desconhecida, mas vem sido amplamente aceita como de origem genética + fatores ambientais. Se há histórico de câncer na família, não brinque com a saúde e se alimente direito, faça exercícios e procure sempre pelo equilíbrio emocional/físico. :)


Na esperança de eu tentar fazer qualquer desenho parecido comigo, essa não é a tentativa #1, mas talvez a tentativa #7. Mas pro blog será #1. :P

Lápis aquarelável em folha Chanson creme e minha caneta de 2 reais. :P

Ah, aquarelar é tão bom... *.*

Não garanto pra agora... Nem pra este mês, mas vou tentar fazer da Ju e da Sam também! =)

***Pensei muito antes de postar este texto e isso porque no momento não estou me sentindo tãaao otimista com relação a vida e aos caminhos a serem percorridos. Cheguei a pensar em não postar mais nada enquanto estiver me sentindo assim, mas como o mundo é povoado por hipócritas, não serei diferente(apesar de gostar de ser, mas isso é um mero detalhe).VIVA A HIPOCRISIA!!!!! E tenho dito!!!***


Esses dias estava conversando com a Pri e no meio da conversa lembrei de um trecho do livro "O Pequeno Príncipe" que me marcou bastante.

Deve ter marcado muitas pessoas, claro, mas o fato é que eu era muito pequena quando li o livro e tenho em minha memória a minha imagem bem nítida sentada no chão do meu quarto tentando entender o significado das frases com o livro no colo.

Hoje entendo e sei o peso que essas palavras tem. Segue abaixo o trecho para que vocês possam entender:

"E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho que se voltou mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho.
Tu és bem bonita.
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o princípe, estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa.
Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- O que quer dizer cativar ?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro amigos, disse. Que quer dizer cativar?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa.
Significa criar laços...
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos.
E eu não tenho necessidade de ti.
E tu não tens necessidade de mim.
Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo...
Mas a raposa voltou a sua idéia:
- Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.
E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...
A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principe, mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me!
Os homens esqueceram a verdade, disse a raposa.
Mas tu não a deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"

Antoine de Saint-Exupéry

Eternamente é muito tempo, mas é exatamente isso o que acontece. Não sou muito de criar laços, mas os poucos que criei são fortes, estão mais para nós de marinheiro. E com esses laços vieram as responsabilidades. Eu tenho o poder de escolher entre a tristeza e a satisfação das pessoas que amo. Não é uma situação muito agradável, se eu desistir vou carregar o peso da culpa por ter tornado a vida dessas pessoas mais triste e se sigo em frente terei que passar por um caminho de pedras. Só que tem um porém; amizade é via de mão dupla, a partir do momento que os laços estão estabelecidos não é só você que se torna responsável, a outra pessoa também.

Meu caminho pode até ter pedras bem pontudas e as solas dos meus sapatos estão gastas, mas sei também que sempre vai ter alguém pra me ajudar a caminhar, quem sabe até mesmo me carregar. E por isso escolher não é tão difícil.

Hoje vejo uma juventude tão vazia, fútil, vejo pessoas tão preocupadas com sua própria vida, ocupadas demais para perceber que falta faz um amigo. Ou então preocupadas com a roupa que vão sair à noite, com a vida da fulaninha que beijou o fulaninho. Sinto pena...
O que deixo neste post é só um conselho... Cativem!!!


Cretinice é achar que sabe de muita coisa ou de tudo, mas na verdade mal sabe sobre si mesmo.

Cretinice é o que eu vejo todos os dias, e quem sabe eu não seja uma cretina também. Vamos ao significado:

adj. e s. m.,
que ou aquele que, por deformidade orgânica, tem absoluta incapacidade moral;
por ext. pacóvio, lorpa, idiota.

É, há idiotas por todos os lugares. Há gentinha cretina que se acha muita coisa e ignora os conhecimentos verdadeiros. Vi e vejo muito isso no curso de Biologia - e não só nele - e em locais aonde agrupam muita gente.

Não tenho asco à Humanidade, prezo por ela e ainda tenho esperança de encontrar seres no mínimo bons o suficiente. O que tem sido notável é a grandiosidade de tacanha burrice e ignorância. Eu fico na minha, só observando as pessoas. O egocentrismo tomou tal forma que antes o conhecido ditado "Amar a si próprio primeiro, depois os outros" passou a ser um mantra distorcido: "Eu me amo, eu, eu, eu, eu, eu, eu e eu". Tornou-se um mantra nacional, mundial, universal... CAPITAL!!!

Fica claro que este é o fim de um ciclo. Vários conceitos morais sendo derrubados, a ética inexistente e vida que segue. A cada dia aumenta o número de pessoas como o Mr. Xquilo Man: cabeças vazias, que não tem consciência de si ou de nada e que se acham os "tais".

E não, não é o Apocalipse. Como já havia dito, é o fim de um ciclo. A vida é cíclica e o Budismo diz isso - Roda de Samsara.

(O desenho é meu, mal feito mas é MEU! =P)

É incrível como certos acontecimentos mudam nossa vida para sempre. Fico boba com isso, mudam os hábitos, a forma como pensamos, a percepção de mundo e mudam as pessoas que a gente quer ao nosso lado...


Digo isso porque desde o final da minha adolescência até os dias de hoje, muita coisa aconteceu na minha vida e esses acontecimentos me transformaram no que sou hoje. O mais estranho é que até eu me dar conta disso demorou, passei um tempo desligada do mundo e de mim, não sei se devido a velocidade que tudo aconteceu e o tempo entre um baque e outro que foi muito curto e eu não tive tempo de absorver e entender o que se passou.

Quando eu estava na metade da minha primeira faculdade aconteceram umas coisas muito ruins comigo e por isso desliguei, passei da metade da faculdade até bem pouco tempo atrás em off. E até hoje não sei muito bem o que se deu em minha vida naquela época. Eu não tive a fase de indecisão, dúvidas e descobertas tão comuns a maioria. Estou passando por essa fase agora, aos 27 anos.

Já acho adolescência e início da vida adulta de uma pessoa fases complicadas demais, o sujeito tem que acompanhar todas as mudanças que ocorrem em sua vida e isso se dá numa velocidade absurda. Um dia você é criança, no outro é adolescente e começam a te cobrar milhões de coisas, até as perguntas feitas mudam drásticamente. Antes era “Fulaninho, o que você quer ser quando crescer?” e depois, “Porra moleque, já ta com dezesseis anos na cara e não sabe o que escolher no vestibular?”. O cara não sabe nem quem ele é direito, como vai saber qual curso superior escolher?
Junte a tudo isso tragédias familiares, nego surta!

Pois é, eu surtei! Depois do tempo em off acordei do meu “coma” existencial e surtei. E todas aquelas mudanças que deveriam ter ocorrido no final da minha adolescência, começaram a acontecer depois dos vinte e poucos anos, e pra mim está sendo muito diferente. Não tenho a pressão vinda de todos os lados e a pressa de crescer e de ser responsável, tenho tempo para pensar em quem eu sou ou em quem quero ser. O que quero dizer é que tudo o de ruim que aconteceu comigo láaaa nos 18 anos, contribuiu para que eu tivesse essa tranqüilidade para me redescobrir hoje.

E é isso que acho tão incrível é como dizem “Há males que vem para o bem”. É óbvio que se eu pudesse escolher não passaria por nenhuma experiência traumática, ninguém quer isso, mas a vida é assim. Já passei um tempo remoendo todos aqueles acontecimentos, mas chega uma hora que temos que aprender a conviver com nossos fantasmas e a única opção que encontrei foi tirar alguma coisa válida de tudo o que se passou.

Não sou especial, melhor nem pior do que ninguém, mas talvez se tivesse passado pelas experiências normais que todo jovem saudável tem, eu fosse como a maioria, mais uma entre milhões. Tem coisa mais monótona do que ser igual a todo mundo? E foi esse o meu superultramega prêmio por ter superado as adversidades, SER DIFERENTE e ter orgulho disso.

Eeeeh mulherada do Rio de Janeiro. Começou o Top Fashion Bazar!

Se você é extremamente consumista chegou a sua chance no Top Fashion Bazar. Mulheres se acotovelando em stands quentes e apertados em busca da moda que já saiu de moda, maridos e namorados cansados e carregados de sacolas com roupas das marcas mais “legais”.

Venham, venham! Você pode comprar uma calça jeans da Levi’s pela(o) (absurdo) bagatela de R$ 300,00. O biquíni MA-RA-VI-LHO-SO da Salinas que você viu na patricinha na praia de Ipanema no verão do ano retrasado (e não pôde comprar porque custava os olhos da cara e o do c...) por apenas R$ 150,00.

Na boa, não sei como tem gente que fica eufórico com um troço desses. Marcas boas sim, mas po, pagar caro (bazar é só no nome mesmo) por roupas que saíram da coleção quando minha avó ainda era cocota é fueda.

Roupas que normalmente nem seriam mais vendidas e acabariam em bancas do Saara. Sim, é verdade amiguinhas! Lojas do Saara compravam essas roupas que saiam de coleção a preço de banana e revendiam em suas bancas a preço de doce de banana. Mas como alegria de pobre dura pouco, logo logo os grandes lojistas se juntaram e tiveram a brilhante idéia: “Por que não fazemos um (circo) evento, chamamos as pessoas e vendemos nossas roupas que saíram de moda muito (um pouco mais) baratas?” E voilá, você, seu marido, sua tia, seu cachorro, sua vizinha indo para a Barra comprar roupas da ex-moda com até 70% de desconto. Eu disse 70%? Ops, ou seriam 7%?


Mas para quem quiser se enganar, aí vai.
Top Fashion Bazar de 29 de outubro a 30 de novembro das 16:00 as 22:00h de segunda a domingo. No extra 24hs da Av. das Américas, Barra da Tijuca.

Ei! Aos poucos leitores que chegaram aqui, ajude-nos a divulgar o nosso blog! =)

(título gentilmente "roubado" da música de Geraldo Vandré, segundo lugar no Festival Internacional da Canção de 1968 )

Toda vez que ouvimos a palavra LEUCEMIA pensamos em sofrimento, dor, e até mesmo morte. É claro que tudo isso vem no pacote, lembro-me muito vagamente do dia que recebi o diagnóstico pela primeira vez. Eu fiquei olhando pra cara do médico totalmente incrédula e de repente parei de compreender tudo o que ele dizia, como se estivesse falando aramaico ou qualquer outra língua morta.

Dizem que a primeira vez a gente nunca esquece, pois eu esqueci. Meu inconsciente e o meu consciente deram as mãozinhas e saíram saltitando por aí e não retornaram por um bom tempo. Por onde andaram eu não sei, mas sei que isso contribuiu muito para que eu conseguisse manter minha sanidade mental.

Da segunda vez foi um pouco diferente, e sobrevivi mais uma vez.
Já estava mais calejada - não que eu tenha tirado de letra -: passar por uma experiência dessas não é mole pra ninguém e me fechei em uma conchinha de dor e sofrimento que ninguém conseguia abrir.

E agora veio a terceira, e o que mudou desde a primeira e a segunda vez é o valor que dou a cada gesto vindo de pessoas que não tem obrigação nenhuma de estar nessa luta comigo. Mas estão firmes e fortes e passando essa força e boas energias pra mim. Hoje valorizo uma companhia na internet, uma sms no celular, os esporrinhos vez ou outra... Mas isso veio com amadurecimento e com a convicção de que não devo sentir pena de mim. Quando existe auto-piedade, a gente olha tanto para o sofrimento que esquecemos de olhar para o que acontece de bom apesar do sofrimento. Nós temos opções, somos donos de nossas escolhas. Hoje escolho rir e antes fazia absoluta questão de chorar e assim, com lágrimas nos olhos, não conseguia enxergar nada além de borrões.

Não sei o que vai acontecer comigo nesta terceira vez e é lógico que choro às vezes, não está sendo fácil, mas seria muito mais difícil se eu tivesse me fechado mais uma vez para todos aqueles que me apóiam. Venho tentando encarar mais essa jornada como aprendizado e não como castigo; e desta vez tento manter meus olhos abertos e bem limpos para ver as cores e as flores que nasceram em minha vida.


P.S.: As orquídeas são para as melhores flores e amigas que eu poderia ter.

Amigos e amigas, primeiro post de novembro e quero falar de um assunto que é recorrente na vida de todos: as provações. Também chamadas de dificuldades, barreiras, percalços...
Há momentos em que tudo que podemos enxergar é apenas uma névoa, uma nuvem negra e pesada. Há outros em que tudo são flores. Isso nada mais é do que a vida. A vida é cíclica; como diria Nietzsche, passamos pelo eterno retorno constantemente.

Acho que de nada valeria se na vida tívessemos somente alegrias. Seria empolgante até certo momento, porém, perderia o sentido. E é daí que surgem as ditas provações, para que saibamos valorizar os bons e os maus momentos. Se estamos na Terra, é porque há a necessidade de que o espírito evolua, e o caminho pra evolução não é coberto somente por rosas. Há espinhos, por todos os lugares.

Não devemos nos deixar abater por tais provas: por mais que se sofra, cada um tem aquilo que é capaz de agüentar. As provações devem ser "desfrutadas", mas de uma maneira racional e emocional - não puramente emocional. Há de se verificar as falhas, extrair os aprendizados... Um eterno processo de aprendizagem: o autoconhecimento. Não há nada melhor do que depois de uma grande prova, você olhar para si mesmo e concluir: "Nossa, como eu mudei. Sinto-me mais maduro (a).".
Isso, meus caros, é para poucos. Pois nem todos tem a vontade e a capacidade de olharem para o seu EU mais íntimo e se conhecerem.

E tal conclusão independe de religião, de credo, cor, nível social... É acesssível a qualquer momento. Quantas vezes nos vemos atribulados de problemas, de contas a pagar, coisas a fazer e não paramos um dia para pensarmos em nós mesmos - não no sentido egocêntrico, mas observar como que interagimos com o mundo, a sociedade, e como ele interage conosco.

Ser cônscio de si é um passo para a evolução espiritual. E a evolução exige uma longa caminhada...

Aha! Sobrevivi ao procedimento. Chatinho mesmo, mas são ossos do ofício, vamos ao que interessa...

Nossa, minha vida tá tão louca que nem sei por onde começar meu post. Remedinhos trashs deixando neurônios completamente desorientados.

Às vezes parece que eu não sou eu, ou que as coisas que acontecem não são comigo.

Esses dias tive a impressão de que minha vida é um livro de colagens, mas colagem do jardim de infância. Tudo torto, rabiscado e meio sujo de cola escolar. Cola atóxica tá? Toxidade basta a que tenho que conviver diariamente rsrsrs.

Ultimamente tenho tido muita dificuldade em lembrar de momentos agradáveis e isso tem me incomodado, não que eu não tenha tido muitos, eu tive mas custo a lembrar não sei porquê. Fico horas pensando, pensando, pensando e nada. Sinto falta daqueles cliques que dão na gente sabe? "Nossa, lembra daquele dia na casa da tua tia? Foi engraçadão." E todo mundo ri, mas deu branco total. Bizarro. Não tenho conseguido organizar meus pensamentos também - não que eu seja uma pessoa mentalmente organizada hahahahaha. Mas um ser com o mínimo de sanidade consegue manter a linha de raciocínio em conversas e definitivamente a linha do meu carretel acabou.

Eu acho que são muitas coisas na cabeça, namonoivo, neoplasias medulares (no plural mesmo, minha medula é masoquista) e suas respectivas complicações, gente dizendo o tempo todo o que devo ou não devo fazer... Isso cansa a cabeça da gente. Cabeça cansada é pior que corpo cansado: o corpo você deita dorme e descansa; a cabeça não descansa nunca ta sempre trabalhando, até quando dormimos nossas preocupações e aflições nos atormentam em sonhos. Fueda!!!

Como disse a Pri, tou tentando exorcizar os meus demônios devagar e sempre. Quem sabe um belo dia acorde com passarinhos cantando no peitoril da minha janela, céu azul, flores desabrochando e com a mente livre de tempestades e tormentas? Sonhar não custa nada.

O namonoivo diz que gasto muita energia matutando, daí fico matutando mais ainda. Pô, mesmo com tudo isso que citei acima sou privilegiada. Acho que é luxo para poucos ter a capacidade de análise e crítica dos fatos e da vida.Tenho cabeça pensante sim e daí? Há os que tem cabeça mas usam apenas para ter cabelo e usar chapéu. Pensar pra que né?

Pensar realmente gasta muita energia, mas é uma energia muito bem gasta - será que ele prefere que eu gaste a dita cuja com outras atividades do tipo bater perna no shopping, falar da vida alheia com a vizinha fofoqueira ou quiçá com secadores de cabelo? Rsrsrs Não, definitivamente isto não é para mim. O melhor é ele me deixar cá pensando com meus botões, assim exercito meus neurônios resistentes e guerreiros (as vezes penso que restaram poucos).
Mudando de saco pra mala, vou falar do livro. O livro que não li, mas que me foi dado com muito carinho por uma pessoa especial, especial no sentido de deficiente mental (hahahaha, brincadeirinha). Eu gostei do presente e tenho o hábito da leitura mas não tô conseguindo ler, quando abro o tal livro minhas pálpebras começam a pesar toneladas. Conclusão: não saí do primeiro capítulo. Portanto, não recomendo o livro, não sei se gostei rsrsrsrs. E pessoa especial, não me chame para conversar sobre o livro, visto que não li e não tenho previsão para o término da leitura, quem sabe daqui uns 6 meses. Até lá conversemos de filmes, séries e corticosteróides, fechado?


P.S: Prii, obrigada pela revisão. Toda vez que eu for postar algo vou mandar para você antes. Hahahahaha

Como ainda não tivemos um texto de estréia aceitável resolvi escrever este. Pensei bastante antes de começar mas nenhum assunto interessante me vinha a cabeça. Abri o editor de texto e cá estão as palavras aparecendo. Engraçado, tem gente que fica "Ai meu deus, tenho que escrever e não consigo.", sejam trabalhos de faculdade, cartas de amor, ou listas de supermercado. Acho isso tão estranho.
Mas não é disso que quero falar, quero falar de um assunto bem cliché, amizade. Mas amizade verdadeira mesmo, destas que a gente fica doida quando quer contar que ficou com o carinha legal, e a amiga não atende o celular, ou quando a gente acha que só ela vai entender a tristeza que nos aplaca rsrsrsrs.
No meu caso não é ela e sim
ELAS, assim com letras maiúsculas, porque é essa a importância que elas tem na minha vida. Não sei bem ao certo como foram tomando esse espaço todo, só sei que tem sido assim. Apoio sempre, brigas as vezes, cumplicidade, preocupação e carinho e isso tudo a tres. É fato que: eu nunca acreditei em amizade entre mulheres, sério, juro do fundo do meu coração de papelão. Mulher é bicho fofoqueiro, falso, fura olho (sim, eu sou mulher), e por esses motivos sempre tive amizade com homens (não, não eram bibas).
Mas como dizem, as coisas mudam, a vida dá voltas e blábláblá. Numa dessas voltas nos encontramos, um encontro meio torto, meio sem pé nem cabeça Mas no final das contas um encontro muito bem sucedido.
Por um lado foi ótimo, hoje vejo que amizade verdadeira e principalmente entre mulheres é possível, mas por outro foi péssimo,e o motivo? Se eu for comparar qualquer outra pessoa(mulher ou homem) a
ELAS, nunca mais vou fazer amizades, são perfeitas para mim.
E a conclusão do meu texto? Não tem e nem quero que tenha. Conclusão me remete a FIM, e fim é o que não quero para o que ganhei.

Sejam bem vindos ao LLA's VEGAS! E aviso com atecedência, não garantimos a coerência dos textos e a sanidade de quem os publica.


A idéia que a maravilhosa Ju nos trouxe de criar um blog foi bem aceita. Nos resta escrever, escrever e escrever, para quem sabe, eliminarmos todos os demônios vis que dançam em nossas mentes.
(Foi bonito isso não?)
Acho que o real motivo desta materialização virtual de nossas idéias e pensamentos é o de simplesmente jogar as sementes na terra. Não acho que plantaremos más sementes, e sim boas.
Enfim, é um começo. ;)

AVISO: Post Teste.
Te avisei, leu porque quis. Hohoho

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  • Obviamente, este espaço é reservado aos homens que são casados. Aos que pensam em se casar, por favor, não leiam. Aqui trarei perspectivas e observações ...
    Há 14 anos

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Pérolas do VIVA LLA's VEGAS

Com tanta merda que já ocorreu e como nós somos seres providos de humor negro, a seguir vai a lista de algumas pérolas dessas "LLAzices":

* Há coisas que só a Leucemia te proporciona. (óbvia essa)

* Viva LLA's Vegas! (LLA... Alô?)

* Labirinto da Dauno. (Daunorrubicina - Antibiótico muito tóxico de antraciclina aminoglicosídeo... Dããã);

* Você não chamou o Raul, o Raul que te chamou.(Fenômeno do vômito a jato);

* Vem cretina! (Vincristina - C46H56N4O10 - dããã²) ;

* Paraquentamal (Paracetamol);

* Dexter mete na zona (Dexametazona);

* Prendi, Prendinazona (Dexter não quis pagar);

* ATRAzildo, ATRAsado, ATRAvessado, ATRAcado, ATRApelado (eu inventei! *.* mwahaha)

* Metrô Texano (Metrotexato)...


And more to come. =)

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