Talvez seja um post homenagem ou de lamentação. Há algumas semanas atrás encontrei com uma garota no hospital, cuja garota estudava na mesma faculdade que eu graças à ABRAPEC. Ela era muito falante, foi representante da turma de Biologia da tarde e tinha várias histórias pra contar de seu tratamento. Para muitos fora um exemplo de vida. Para mim também o é, mas agora ela se juntou ao que chamo particularmente de "meus fantasmas".
Para cada atitude má, má palavra, mau pensamento, penso às vezes no que um desses fantasmas dariam para não cometer tal ato. Às vezes penso em como desperdiço minha vida e tento sempre fazer algo mais condizente com o que vivi: evitando excessos e etc...
Essa garota faleceu há uma semana. O nome dela era Thaís. E a cada dia o medo, o terror de ser a única sobrevivente cresce. É o que chamo particularmente de "síndrome de ex-combatente". Um dia, fomos todos jovens e inocentes com o mundo, caímos na guerra, lutamos para sobreviver e vimos nossos colegas sendo aniquilados. A história pessoal de cada um se vai com o tempo, e não sei porque cargas d'água meu cérebro faz questão de lembrar UM por UM. Talvez seja para me manter em constante alerta e não relaxar nunca com a possível recaída. Já viram quando colocam peças de dominó em seqüência e depois derruba-se o primeiro para depois apenas um ficar de pé? Imaginem-me como a única peça de pé.
É horrível. Agradeço muito por ainda ter continuado a viver, mas essas coisas são aquelas que me derrubam. Não há como eu não ficar chateada pela derrota de mais um companheiro. É inadmissível que essa merda de leucemia ainda mate tanta gente. E tanta gente boa.
Pode ser paranóia, é paranóia. Mas é uma ferida que não sara, e nunca vai sarar. Por que eu não quero que sare, para que essas pessoas continuem vivas pelo menos em minha memória, no meu cemitério pessoal.
Mas apesar do desabafo e da tristeza, aos que me lêem e passam por essa fase de quimio e etc: não desistam. É uma responsabilidade muito grande ser o número 1, a pessoa que lidera o comboio dos que derrotaram a leucemia. Essa responsabilidade pesa, mas vale muito a pena.
Para cada atitude má, má palavra, mau pensamento, penso às vezes no que um desses fantasmas dariam para não cometer tal ato. Às vezes penso em como desperdiço minha vida e tento sempre fazer algo mais condizente com o que vivi: evitando excessos e etc...
Essa garota faleceu há uma semana. O nome dela era Thaís. E a cada dia o medo, o terror de ser a única sobrevivente cresce. É o que chamo particularmente de "síndrome de ex-combatente". Um dia, fomos todos jovens e inocentes com o mundo, caímos na guerra, lutamos para sobreviver e vimos nossos colegas sendo aniquilados. A história pessoal de cada um se vai com o tempo, e não sei porque cargas d'água meu cérebro faz questão de lembrar UM por UM. Talvez seja para me manter em constante alerta e não relaxar nunca com a possível recaída. Já viram quando colocam peças de dominó em seqüência e depois derruba-se o primeiro para depois apenas um ficar de pé? Imaginem-me como a única peça de pé.
É horrível. Agradeço muito por ainda ter continuado a viver, mas essas coisas são aquelas que me derrubam. Não há como eu não ficar chateada pela derrota de mais um companheiro. É inadmissível que essa merda de leucemia ainda mate tanta gente. E tanta gente boa.
Pode ser paranóia, é paranóia. Mas é uma ferida que não sara, e nunca vai sarar. Por que eu não quero que sare, para que essas pessoas continuem vivas pelo menos em minha memória, no meu cemitério pessoal.
Mas apesar do desabafo e da tristeza, aos que me lêem e passam por essa fase de quimio e etc: não desistam. É uma responsabilidade muito grande ser o número 1, a pessoa que lidera o comboio dos que derrotaram a leucemia. Essa responsabilidade pesa, mas vale muito a pena.
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