Eles vem mudando constantemente, e isso não há ninguém que duvide. Mas o que mais me pergunto é: aonde estão os bons sentimentos, os verdadeiros e libertos de qualquer tipo de segunda intenção? Não os vejo mais. Hoje o que mais se tem são relacionamentos instântaneos: sentiu tesão, beijou, transou, acabou. Digo isso tanto para os heteros quanto para os homossexuais. Se tá feio pra um, tá pra todo mundo.
Destes meus 3 anos de solteirice aprendi e muito a lidar comigo mesma e bem. Claro que às vezes sinto uma carência, já que é normal do ser humano sentir isso de vez em quando - visto que é um ser social (e eu não muito). Mas o que tenho aprendido é que tudo é efêmero e o melhor a ser feito é aproveitar bem o momento em que se passa na companhia de outra pessoa. E isso deve ser feito independente de fulano(a) ser egoísta, mesquinho, babaca, imbecil ou outros adjetivos pejorativos existentes. Essa é uma daquelas coisas que se aprende depois de ter passado por um grande problema, tal qual foi a LLA. Depois do ocorrido, passei a aceitar melhor as pessoas, por mais difícil que seja e por mais doloroso também. Aprendi a reconhecer aquelas que realmente querem meu bem e aquelas que não. E há também aquelas oportunistas. Aliás, eu não culpo ninguém.
As pessoas são o que são, e a chave principal dos relacionamentos é você ver o outro como realmente é. Alguém que peida, que caga, que tem que tirar meleca do nariz, que tem sonhos, que teve ilusões... O grande problema é que hoje em dia ninguém quer ter paciência pra conhecer o outro a fundo, de verdade. Sem máscaras ou sei lá o quê. É uma vaidade tamanha em parecer ser maior, o melhor e entre outras coisas. Mas na verdade não é bem assim.
Quanto aos interesseiros... Bem, existem em todos os lugares, o principal método de se manter liberta(o) deles é saber com quem você lida. Por isso que não gosto muito de me socializar ou me expor. Tá, isso é um pouco contraditório: eu me exponho aqui no blog para centenas de pessoas que mal conheço. Mas que seja.
Sr. Maçã está triste porque além de solitário a Mulher Melancia nada quis com ele... =(
Eu gostaria de saber uma coisa: você se sente bem consigo mesma(o)? Para muitos este é um problema de grande valor, conheço pessoas que sempre recorrem a supostos relacionamentos para não se sentirem tão sozinhas. Mas afinal, o que é estar só? Será que estamos sós de fato?
O que eu penso é que sou um lobo (loba? =P) e que ainda não encontrei algo que me valha a pena querer conhecer, ter paciência e vontade de querer estar junto. E olha que hoje em dia isso tá ficando raro...
17 de janeiro de 2009 às 19:00:00 BRST Este comentário foi removido pelo autor.
17 de janeiro de 2009 às 21:53:00 BRST
Olá Liekke, gostei da sua crônica autobiográfica! Sincera, franca, sem meias-palavras. Quanto a se sentir bem com o estado "solidão", é um aprendizado, longo, penoso, mas que faz-nos crescer interiormente.
Aprende-se a viver só, ou passa ser a opção mais acessível para os introspectivos e tímidos (porém explosívos).
É bom mudar, alterar velhas rotinas e rançosos relacionamentos (mais sugam do que partilham), evoluir, caminhar...
Acho, Liekke, que não estamos sós, e esse é um bom motivo para trilhar novos rumos, agora podendo adicionar os atalhos...
abraço fraterno