Hoje venho falar com vocês sobre um assunto bastante delicado, é tão complexo que não conseguia começar o texto: a perda da libido durante o tratamento quimioterápico. Vou falar só sobre neuras femininas por motivos óbvios.
Pergunto-me o tempo todo, o que está acontecendo comigo? Será que isso é normal?
É sim, é tudo muito normal. O tratamento de qualquer tipo de câncer é sempre muito complicado para qualquer pessoa, para as mulheres é um pouco mais do que para os homens. Ocorrem mudanças no nosso corpo, na aparência, tem o estresse do diagnóstico, falta de disposição causada pelo próprio tratamento, ocorrem mudanças hormonais e esse conjunto de fatores podem acabar atrapalhando os relacionamentos.
Muitas vezes não somos compreendidos, alguns chegam a dizer que é frescura, que é desculpa e isso aumenta ainda mais o sofrimento da pessoa em tratamento. Pode existir um sentimento de culpa ou de falha. Este sentimento de falha com o parceiro é devastador. Temos consciência do que está faltando no relacionamento, mas simplesmente não conseguimos suprir e isso dói, causa insegurança, medo de ser largada, traída, trocada; e não depende só da gente para mudar essa situação.
Eu sou um exemplo perfeito disso, tenho todos esses problemas; ora me sinto gorda, ora magra demais, é o cabelo que está começando a cair, indisposição, dor. Quem consegue sentir tesão sentindo dor? Acho que ninguém.
A melhor saída é o diálogo, e tentar não fazer disso um tabu. Tem que conversar muito, sempre, como diz o meu amor: ligar o falador. Conversar com a mãe, com o parceiro (a), com amiga, com o médico e assim tentar encontrar soluções para os problemas que vão surgindo.
Em determinadas fases do tratamento, o (a) companheiro (a) acaba se tornando mais amigo do que qualquer outra coisa. Logo, concluímos que também é dificílimo para quem está passando por este momento do nosso lado. De uma hora para a outra se vê em um relacionamento totalmente diferente com uma pessoa que parece ter sido abduzida, entrando e saindo do hospital o tempo todo, tomando medicações que deixa o outro totalmente estranho. Penso que se existem amor e compreensão o casal consegue passar por esse momento com alguns traumas, mas nada muito sério.
Tem que ter paciência e muita certeza do que sente pela pessoa que está ao seu lado. É natural que vez ou outra o parceiro canse, pois o tratamento é cansativo para o doente e para todos a sua volta, ninguém gosta de ver quem se ama sofrendo, sentindo dor, ficando diferente, meio distante e às vezes um pouco agressivo.
Eu queria na verdade escrever um texto informativo, mas acabou virando mais um desabafo. Não que vocês tenham alguma coisa a ver com a minha vida pessoal, mas acho legal falar sobre isso. Sei que muitas pessoas que lêem o blog devem passar pelo mesmo problema. Então abro o espaço para que quem tiver vontade fale sobre suas aflições, não precisa se identificar; podem postar nos comentários como anônimos e podemos juntos encontrar soluções para problemas que muitas vezes são simples. Afinal, duas cabeças pensam melhor do que uma, imaginem três, quatro, vinte?
Pergunto-me o tempo todo, o que está acontecendo comigo? Será que isso é normal?
É sim, é tudo muito normal. O tratamento de qualquer tipo de câncer é sempre muito complicado para qualquer pessoa, para as mulheres é um pouco mais do que para os homens. Ocorrem mudanças no nosso corpo, na aparência, tem o estresse do diagnóstico, falta de disposição causada pelo próprio tratamento, ocorrem mudanças hormonais e esse conjunto de fatores podem acabar atrapalhando os relacionamentos.
Muitas vezes não somos compreendidos, alguns chegam a dizer que é frescura, que é desculpa e isso aumenta ainda mais o sofrimento da pessoa em tratamento. Pode existir um sentimento de culpa ou de falha. Este sentimento de falha com o parceiro é devastador. Temos consciência do que está faltando no relacionamento, mas simplesmente não conseguimos suprir e isso dói, causa insegurança, medo de ser largada, traída, trocada; e não depende só da gente para mudar essa situação.
Eu sou um exemplo perfeito disso, tenho todos esses problemas; ora me sinto gorda, ora magra demais, é o cabelo que está começando a cair, indisposição, dor. Quem consegue sentir tesão sentindo dor? Acho que ninguém.
A melhor saída é o diálogo, e tentar não fazer disso um tabu. Tem que conversar muito, sempre, como diz o meu amor: ligar o falador. Conversar com a mãe, com o parceiro (a), com amiga, com o médico e assim tentar encontrar soluções para os problemas que vão surgindo.
Em determinadas fases do tratamento, o (a) companheiro (a) acaba se tornando mais amigo do que qualquer outra coisa. Logo, concluímos que também é dificílimo para quem está passando por este momento do nosso lado. De uma hora para a outra se vê em um relacionamento totalmente diferente com uma pessoa que parece ter sido abduzida, entrando e saindo do hospital o tempo todo, tomando medicações que deixa o outro totalmente estranho. Penso que se existem amor e compreensão o casal consegue passar por esse momento com alguns traumas, mas nada muito sério.
Tem que ter paciência e muita certeza do que sente pela pessoa que está ao seu lado. É natural que vez ou outra o parceiro canse, pois o tratamento é cansativo para o doente e para todos a sua volta, ninguém gosta de ver quem se ama sofrendo, sentindo dor, ficando diferente, meio distante e às vezes um pouco agressivo.
Eu queria na verdade escrever um texto informativo, mas acabou virando mais um desabafo. Não que vocês tenham alguma coisa a ver com a minha vida pessoal, mas acho legal falar sobre isso. Sei que muitas pessoas que lêem o blog devem passar pelo mesmo problema. Então abro o espaço para que quem tiver vontade fale sobre suas aflições, não precisa se identificar; podem postar nos comentários como anônimos e podemos juntos encontrar soluções para problemas que muitas vezes são simples. Afinal, duas cabeças pensam melhor do que uma, imaginem três, quatro, vinte?
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